Há cerca de cem anos, enquanto a Europa vivia o intervalo de duas matanças em massa, nos Estados Unidos ocorria uma outra guerra. Uma guerra cotidiana, a princípio de menor poder destrutivo, que iria definir a sociedade ocidental no século 20 e legar ao século 21 um problema de dimensões colossais. Trata-se da guerra dos automóveis contra as cidades; da vida motorizada contra a vida comunitária e democrática.
Raramente concebemos esse momento de disputa. Naturalizados em nossa rotina, os automóveis parecem ter nascido junto com as cidades. No entanto, eles eram seres estranhos à vida urbana há até pouco tempo. Impactado por fotografias de cidades estadunidenses no início do século 20 — em que as ruas eram apinhadas de pessoas e abrigavam usos diversos —, o historiador Peter D. Norton resolveu investigar como foi o processo de transição que levou à era do motor.
O resultado de sua pesquisa está no livro Fighting Traffic: The Dawn of the Motor Age in the American City, publicado pela MIT Press e inédito em português.
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