O percurso por uma nova Constituição Chilena, desde a ditadura militar
O texto final elaborado pela nova Constituinte Chilena, que substituiria a Constituição feita por Pinochet durante a ditadura militar, foi recusado em 2022 após quase 80% da população ser a favor de uma nova Constituição. Veja a trajetória de processos e reivindicações de um novo regimento desde 1980
A partir do século 20, o Chile passou por intensos períodos de rivalidade política. Nas eleições de 1970, a esquerda chega à presidência com Salvador Allende, que tem sua gestão e vida interrompidas em 11/09/73, quando La Moneda, palácio presidencial chileno, foi bombardeado, iniciando um processo de autoritarismo que perdurou 17 anos.
Em seu lugar entrou o general Augusto Pinochet, o qual iniciou um processo de abolição de todos os partidos políticos. A partir de então, o país esteve sob comando de uma das mais violentas ditaduras militares da história da América Latina. Uma nova Constituição surge nesse período.
O Chile, entre 1989/90, iniciou seu processo de redemocratização. No entanto, a Constituição de Pinochet permaneceu vigente. As reivindicações nas ruas para que o principal texto do país fosse alterado aconteceram em maior amplitude já na primeira década do século 21. A seguir estão os pontos mais importantes desse longo caminho de alterações e protestos contra a Constituição herdada da ditadura, que ainda está em vigor no Chile.