Líderes pós-fascistas, como Jair Bolsonaro, fomentam a doença com suas ações. Não por acaso, o Brasil ocupa um lugar de destaque no placar dos países com maior número de mortes causadas pelo coronavírus. Um planejamento epidemiológico sério teria salvado a vida de muitos brasileiros.
Se fizermos uma análise a partir da perspectiva oferecida pela história das mentiras fascistas, veremos que não há novidade na combinação de morte e inverdades do bolsonarismo, que projeta falsas fantasias em seus inimigos. Os fascistas já haviam matado em nome de mentiras disfarçadas de verdades. Mas, ao contrário do que ocorreu até hoje, desta vez eles matam por omissão, porque não fazem nada ou fazem coisas que levam à contaminação de muitas pessoas.
Bolsonaro não está sozinho. Donald Trump nos Estados Unidos e Viktor Orbán na Hungria, além de Narendra Modi na Índia, mentiram sobre o coronavírus e o usaram como desculpa para promover seus anseios totalitários. Esse novo negacionismo adquiriu formas grotescas. Um exemplo foi o conselho de Trump para que as pessoas tomassem desinfetante. Já Modi culpou um grupo de missionários muçulmanos pela propagação do vírus, ao mesmo tempo que não mencionou encontros similares entre grupos hindus. Orbán utilizou a pandemia para assumir poderes quase ditatoriais, chegando a uma situação encarada por muitos como uma “coronaditadura”. Além do poder para criar e revogar leis, Orbán outorgou a si mesmo a capacidade de decretar a prisão de quem difundisse “verdades distorcidas”.