Copo meio vazio

Politização excessiva das corporações de segurança pública no Brasil legitima ações violentas e são uma ameaça ao estado democrático

Copo meio vazio

Em uma postagem de abril de 2019, o ideólogo do bolsonarismo, Olavo de Carvalho — morto em 2022, segundo sua filha Heloísa, da mesma Covid-19 cuja gravidade se empenhava em negar — afirmou, com ênfase em letras maiúsculas: “Quem DESTRUIU o Brasil foram os professores de filosofia, direito e ciências sociais. Essa gente tem que ser desmascarada por completo”.

Se vivo fosse, Carvalho talvez tivesse dificuldade em apontar os vieses esquerdistas ou de “marxismo cultural”, que costumava atribuir a seus desafetos, diante do recém-lançado livro da jornalista Maria Carolina Trevisan e do cientista político Maurício Moura.

Voto a voto: os cinco principais motivos que levaram Bolsonaro a perder (por pouco) a reeleição é um trabalho sóbrio, pontuado por gráficos e estatísticas e baseado em pesquisas, documentos e grupos focais com eleitores. Junta aos dados entrevistas com pesquisadores e reportagens publicadas à época.

A obra radiografa a devastação econômica, social e, consequentemente, eleitoral produzida pela antiga gestão do governo federal, para concluir que “Bolsonaro foi o principal responsável por torná-la uma eleição de mudança”, nas palavras do cientista político Fernando Abrucio, que assina o prefácio.

Leia o artigo completo aqui.