Um livro sobre perdas. É assim que a escritora carioca Claudia Lage define seu livro O corpo interminável, publicado no ano passado pela editora Record. Através da ficção, Lage faz uma crítica à amnésia nacional na trajetória de Daniel, filho de uma guerrilheira torturada e morta durante a ditadura militar brasileira.
Formado por várias vozes, a do protagonista Daniel, da sua noiva Melina, do seu avô e da própria mãe, o livro mostra como as feridas abertas durante esse período da história continuam a reverberar de modo intenso no cotidiano de seus personagens.