Partindo de uma etnografia realizada junto a um coletivo paulistano que acolhe pessoas afetadas pelo sistema de justiça criminal, a pesquisa responde à seguinte questão: como vidas, tempos e espaços são forjados em função de vínculos estabelecidos com o sistema de justiça criminal externos às prisões?

A pesquisa analisa a punição extraprisional como uma das várias dinâmicas que, atualmente, estrutura a experiência urbana nas periferias paulistanas. Além disso, sua abordagem etnográfica permite compreender as formas de materialização do direito e da punição na vida cotidiana, assim como refletir sobre os efeitos locais do encarceramento em massa e dos transbordamentos da prisão na cidade (Cf. Mallart; Cunha, 2019). Por fim, a pesquisa discute, a partir da Amparar, a potência de espaços de cuidado e ativismo na prospecção de possibilidades de vida e de futuros.

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