Em Mein Kampf (Minha luta), Hitler se insurge contra a democracia parlamentar como sendo nada mais que um instrumento a serviço da corrupção: “Essa instituição só pode ser agradável ou lucrativa para os embusteiros rastejantes que evitam a luz do sol, devendo ser odiosas para qualquer homem bom e reto que esteja pronto a assumir sua responsabilidade pessoal. Por isso, esse estilo de democracia se tornou o instrumento da raça que, a fim de promover seus próprios interesses, precisa evitar a luz do dia agora e para todo o sempre. Só um judeu pode dar valor a uma instituição que é suja e falsa como ele”.
Hitler contrasta um sistema que envolve um parlamento ou congresso com “uma verdadeira democracia germânica em que haja a livre escolha do líder, juntamente com sua obrigação de assumir total responsabilidade por tudo o que faz e manda fazer”. Lembrei-me dessas passagens de Mein Kampf quando, em 15 de março, compareci a uma manifestação em apoio a Jair Bolsonaro na avenida Paulista.