Levantamentos recentes sobre a saúde global das democracias políticas vêm apontando processos de desgaste destes regimes. Segundo a Freedom House, menos de 20% da população global vive hoje em países considerados livres, e este percentual vem em queda há 15 anos. Da mesma forma, o Instituto V-Dem aponta que nada menos do que 68% das pessoas no mundo vivem sob regimes autocráticos, que continuam sendo o regime político predominante entre os países do globo.
No Brasil, a jovem democracia constitucional de 1988 vem sofrendo consideráveis ataques, como reportam os índices acima mencionados. Um dos dez países com mais tendências autocratizantes em 2020, o país experimentou, por exemplo, campanhas oficiais com informações falsas, censura governamental e restrição à liberdade de imprensa, em um contexto de já existente polarização da sociedade civil. Não faltam exemplos sobre investidas autoritárias promovidas por atores da sociedade civil, do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. A Agenda de Emergência do LAUT, plataforma de catalogação de eventos que trazem riscos promovidos pelo Estado à democracia no país, oferece um vasto mosaico da conjuntura desde 2019.
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Créditos: Nexo Políticas Públicas
Autora: Marina Slhessarenko Barreto